11/05/2015 – Instituto Rota Imperial comemora aniversário com novidades

História, cultura, turismo e desenvolvimento econômico se misturam na Rota Imperial São Pedro D’Alcântara, criada originalmente em 1816 para que a Família Real da Coroa Portuguesa pudesse trafegar entre Ouro Preto (MG) e Vitória (ES), e que insere o Espírito Santo no âmbito da Estrada Real, reproduzindo os caminhos abertos no início do séc. XIX. E no dia 11 de maio, comemorou-se o aniversário de seis anos do Instituto Rota Imperial – IRI, que foi fundado pelo Sistema Findes para justamente promover o desenvolvimento econômico dos 14 municípios capixabas por onde a Rota passa, por meio também do resgate histórico e cultural dessa região.

“Vejo na Rota Imperial uma fascinante oportunidade de potencializar o turismo capixaba junto a esses 14 municípios”, afirma o diretor para Assuntos do IRI, Adenilson Alves da Cruz. “O IRI promove os empreendimentos rurais e urbanos; os atrativos naturais (cachoeiras, grutas e parques) e também culturais e históricos; os segmentos como gastronomia, aventura, agroturismo, festas folclóricas e/ou religiosas, entre muitos outros”, completa o dirigente, que inclusive é morador da região de Venda Nova do Imigrante, por onde a Rota passa.

Novidades

Entre as ações mais recentes promovidas pelo IRI, o diretor Adenilson Alves da Cruz cita a recriação dos antigos quartéis instalados em vários pontos da Estrada Real enquanto ela existia, de fato, no século XIX. “No passado, as funções dos quartéis era dar apoio, manutenção, informações e abastecer os viajantes. A nossa proposta é que estas funções permaneçam, porém voltadas para o turismo e a convivência social”, explica o dirigente. “As informações seriam turísticas; o apoio e abastecimento seriam a prestação de serviços; e a manutenção seria a participação social. Os quartéis poderiam ser instalados em escolas, associações de moradores, imóveis particulares ou qualquer outro espaço cedido e do interesse da comunidade, envolvendo a população local e trazendo todos os benefícios citados”, completa.

Para colocar em prática esta nova etapa do IRI, Adenilson busca apoio junto às prefeituras, comunidades, associações e entidades como o Sebrae. “Ao longo da Rota Imperial, passamos pelas mais diversas comunidades, e com isso esperamos que cada trecho tenha suas peculiaridades na oferta turística a ser desenvolvida pelos empreendedores locais, criando assim, no conjunto, uma diversidade para o turismo. Pretendemos preparar uma comunidade essencialmente rural para convivência social e econômica com o turismo; enaltecer estas comunidades que são as células do conjunto Rota Imperial; e melhorar a qualidade de vida destas comunidades por meio do conhecimento e da prestação de serviços que lhes tragam benefícios econômicos diretos”, destaca o diretor para Assuntos do IRI. “Portanto, o que mais importa não é a instalação física dos quartéis em si, mas sim o envolvimento direto das comunidades e o fomento do espírito empreendedor de cada uma delas, sempre preservando sua cultura e resgatando a história da Rota Imperial”, finaliza o dirigente

A Rota Imperial

A Rota Imperial passa por 31 cidades, sendo 14 capixabas e 17 mineiras. As cidades capixabas são: Cariacica, Castelo, Conceição do Castelo, Domingos Martins, Iúna, Ibatiba, Ibitirama, Irupi, Muniz Freire, Viana, Santa Leopoldina, Santa Maria de Jetibá e Venda Nova do Imigrante. Já as cidades mineiras são: Martins Soares, Manhumirim, Alto Caparaó, Alto Jequitibá, Luisburgo, São João do Manhuaçu, Santa Margarida, Pedra Bonita, Matipó, Abre Campo, Jequeri, Oratórios, Ponte Nova, Acaiaca, Barra Longa, Mariana e Ouro Preto.

A história dessas vias começa durante o período de exploração do território nacional em busca de ouro. Para controlar o trânsito de mercadorias no Brasil, a Coroa Portuguesa proibiu a abertura de estradas na capitania do Espírito Santo em direção a Minas Gerais. Somente com o declínio da exploração aurífera e com a chegada da Família Real ao país a rota foi oficialmente aberta.

Concluída em 1816, definiu o intercâmbio entre as cidades de Ouro Preto (MG) e Vitória (ES), consolidando a ocupação do território nos locais por onde passava. O marco zero é o Palácio Anchieta, em Vitória, e de lá a rota prossegue até Ouro Preto. No percurso, passa por 14 municípios capixabas e 17 mineiros. O trajeto é a reprodução do caminho usado por Dom Pedro II para chegar a Santa Leopoldina.

Além de histórias para contar, a Rota Imperial traz muitas descobertas e paisagens de encher os olhos. Começa no mar, na baía de Vitória, no Espírito Santo, e vai até Ouro Preto, em Minas Gerais, uma das principais cidades históricas do Brasil. A exuberante mata atlântica, rica na variedade de orquídeas e bromélias, torna o caminho mais prazeroso, preenchem os imensos vales, as altas montanhas e abriga as numerosas cachoeiras.

Com o apoio do Ministério do Turismo, o Sistema Findes é o responsável pela gestão do Instituto Rota Imperial e atua, em conjunto com outras entidades, em parceria com os governos estaduais do Espírito Santo e de Minas Gerais.

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